Imagens que revelam o passado de bravura e coragem
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Imagem da casa do senhor Francisco Pereira de Lucena, no
Sítio Guaribas, local onde ocorreu a tragédia das Guaribas ou Fogo das Guaribas
em 1° de Fevereiro de 1927, no qual o bravo coronel Chico Chicote e seus homens
enfrentaram a força policial de Pernambuco e Ceará, comandada pelo tenente José
Gonçalves Bezerra que vieram na investida de prender e desarmar o coronel, por
achar que o mesmo era coiteiro de Lampião. Após ter resistido durante 32 horas,
já cansado e sem munição, Chico Chicote foi atingido no tórax por balas de
rifle e faleceu no local. Ao todo foram encontrados nas Guaribas 27 corpos. Do
lado de Chico Chicote morreu ele e um de seus cabras, Manoel Caipora.
Hoje, no lugar dessa casa que conta fatos da nossa
história existem apenas os escombros que aos poucos estão sendo cobertos pela
poeira do tempo. Mas, as marcas de balas ainda estão lá, presentes nos troncos
dos coqueiros para testemunhar o fato. A história está na memória dos porteirenses,
nos livros e nos panfletos escritos do município. Vendo agora as imagens
reveladoras daquilo que resta deste fato, nos damos conta da importância de se
preservar fotos, fatos e objetos que contam a nossa história.
Casa de Chico Chicote
Localização: Sítio
Guaribas
Distância: a 8 km da
sede
Fonte: Acervo do
REMOP
Foto de um álbum de família – Documento comprobatório
do Fogo das Guaribas
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UM RELATO DA
HISTÓRIA/MEMÓRIA
De pé, à direita da foto, ao lado de sua família
encontra-se o pai, o senhor Luiz José de Lima, pernambucano de Triunfo, nascido
em 11 de Agosto de 1910 – já falecido, pai da senhora Maria Alacoque de Lima,
avô da aluna Vanderléia de Lima do 3° ano “D”, residente no Sítio Catolé de
nosso município.
Aqui,
quem nos conta a história é a senhora Alacoque que fora entrevistada por sua
filha Vanderléia.
“Minha
mãe falou-me que este senhor, o meu avô, destacou-se como policial durante anos
no Pernambuco, inclusive, combateu contra o bando de Lampião. O mesmo, ao ser
atingido por uma bala de rifle no ombro esquerdo, teve que afastar-se da
polícia. Anos depois, apaixonou-se por uma jovem e, vendo que seus pais não
concordavam fugiu com ela e veio procurar abrigo em Porteiras, no início de
fevereiro de 1927. Segundo minha mãe, no caminho o meu avô e sua amada
encontraram a força policial, qual tinha deixado para trás a Tragédia das
Guaribas, no sopé da Serra de Porteiras. São palavras de D. Alacoque, minha
mãe:
“Sabe, meu
pai contava que segurava nas mãos o rifle papo amarelo por ele denominado que
pertencia à Chico Chicote e que o comandante do grupo ia conduzindo como
troféu.”
Minha
mãe, ainda conserva tudo o que foi do meu avô: a casa de taipa, a sela com os
arreios, o baú, os barcos de madeira, os portes de barro, etc”. O meu avô
faleceu em 1993, mas a D. Alacoque está aqui ao meu lado, no Sítio Catolé,
pronta para contar essa história a quem desejar.”
Por: Vanderléia “3° ano D”
Prezados, sou de Brejo Santo-CE e junto à Hérlon Fernandes Gomes estamos realizando pesquisas para elaboração de um trabalho literário sobre o Fogo das Guaribas intitulado “Quem Matou Chico Chicote?”.
ResponderExcluirPor favor, quem tiver maiores informações sobre os fatos ocorridos, como também documentos, fotos e principalmente relatos dos personagens envolvidos, entrem em contato conosco:
Bruno Yacub: (88) 9 9906 0046 – byacub@gmail.com
Hérlon Fernandes: (69) 8127 2168 - herlon.herlim@gmail.com
Muito obrigado.