quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Casa de Farinha da Malhada Redonda


Casa de Farinha da Malhada Redonda
A fonte de renda que virou tradição


         Há mais de 80 anos que esta casa de farinha existe no Sítio Malhada Redonda, lá em cima da Chapada do Araripe. Pertencente à família Agostinho e que vem passando de pai para filhos, o trabalho incessante de transformar a mandioca em farinha, goma, tapioca e beiju. Nós, alunos do Aristarco Cardoso estivemos lá e ficamos encantados com o depoimento e a simulação de uma farinhada feita pelo senhor Luiz Agostinho dos Santos, 63 anos, conhecido como Dó Maria que nos falou:

“Ói aqui meninos, esta é uma tradição que passou de meu pai para eu e de eu para meus fios, que hoje tomam conta da produção e da comercialização da farinha que abastece o comércio de Porteiras e das cidades vizinhas. É daqui que nós tiramos a fonte de renda pro mode nós sobreviver.”

            Após essas palavras, o senhor Dó Maria, colheu umas raízes de mandioca nos arredores e fez uma simulação de uma farinhada, onde nós tivemos a oportunidade de colocar as mãos na massa e observar todo o processo de fabricação da farinha. Pelo que vimos, tudo é feito artesanalmente, pois o que tem de tecnologia é apenas um motor que é ligado à energia para moer a mandioca. O resto é tudo de madeira e alvenaria e todo o trabalho é feito pela mão humana.
            O Seu Dó Maria também nos falou que atualmente, costuma-se produzir em uma noitada 40 sacas de farinha e que cada saca é vendida à R$ 60,00. Ainda disse que é um trabalho que reúne toda a família e amigos e é muito animado. As mulheres e crianças raspam a mandioca numa alegria só, cantam Luiz Gonzaga e modas de côco, que segundo ele dá vontade de dançar e o cansaço não chega.
            Essa experiência nos trouxe um grande aprendizado de que as casas de farinha não são só fatores importantes da história/memória de Porteiras, mas também fonte de sustentabilidade de muitas famílias que até hoje trazem consigo  uma tradição e que passam uns aos outros, de geração em geração.

Autora: Luciely Leite Pinto – 2° ano “C”

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