Casa de Farinha da Malhada Redonda
A
fonte de renda que virou tradição
Há
mais de 80 anos que esta casa de farinha existe no Sítio Malhada Redonda, lá em
cima da Chapada do Araripe. Pertencente à família Agostinho e que vem passando
de pai para filhos, o trabalho incessante de transformar a mandioca em farinha,
goma, tapioca e beiju. Nós, alunos do Aristarco Cardoso estivemos lá e ficamos
encantados com o depoimento e a simulação de uma farinhada feita pelo senhor
Luiz Agostinho dos Santos, 63 anos, conhecido como Dó Maria que nos falou:
“Ói aqui meninos, esta é uma
tradição que passou de meu pai para eu e de eu para meus fios, que hoje tomam
conta da produção e da comercialização da farinha que abastece o comércio de
Porteiras e das cidades vizinhas. É daqui que nós tiramos a fonte de renda pro
mode nós sobreviver.”
Após
essas palavras, o senhor Dó Maria, colheu umas raízes de mandioca nos arredores
e fez uma simulação de uma farinhada, onde nós tivemos a oportunidade de
colocar as mãos na massa e observar todo o processo de fabricação da farinha. Pelo
que vimos, tudo é feito artesanalmente, pois o que tem de tecnologia é apenas
um motor que é ligado à energia para moer a mandioca. O resto é tudo de madeira
e alvenaria e todo o trabalho é feito pela mão humana.
O
Seu Dó Maria também nos falou que atualmente, costuma-se produzir em uma
noitada 40 sacas de farinha e que cada saca é vendida à R$ 60,00. Ainda disse
que é um trabalho que reúne toda a família e amigos e é muito animado. As
mulheres e crianças raspam a mandioca numa alegria só, cantam Luiz Gonzaga e
modas de côco, que segundo ele dá vontade de dançar e o cansaço não chega.
Essa
experiência nos trouxe um grande aprendizado de que as casas de farinha não são
só fatores importantes da história/memória de Porteiras, mas também fonte de
sustentabilidade de muitas famílias que até hoje trazem consigo uma tradição e que passam uns aos outros, de
geração em geração.
Autora:
Luciely Leite Pinto – 2° ano “C”
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